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Vesting: entenda este sistema de participação acionária em empresas

Foto de vesting em startup.

O vesting é um modelo de contrato societário amplamente utilizado por startups e empresas em estágio inicial de desenvolvimento, devido às vantagens que ele oferece tanto para o negócio como para os funcionários que participam do acordo.

Da mesma forma que investimentos e modalidades como o investimento-anjo e equity crowdfunding, o vesting vem se tornando cada vez mais buscado por empresas, mas também por profissionais e talentos da área de startups.

Para entender melhor como o vesting funciona, suas vantagens e desvantagens, além de quais suas diferenças em relação às stock options, confira este artigo que a Wink preparou sobre o tema. Tenha uma excelente leitura!

Compreendendo o vesting em detalhes

Um contrato de vesting funciona através de uma aquisição progressiva de equity (ações) por parte dos colaboradores de uma empresa ou startup, por meio de um tipo específico de acordo que o negócio pode ter com seus funcionários.

Neste contrato, o colaborador será responsável por oferecer um tipo de serviço ou recurso voltado para o crescimento e desenvolvimento empresarial, incluindo metas e parâmetros de qualidade a serem alcançados para ter direito à participação societária.

Através do contrato de vesting, o colaborador se torna mais engajado e motivado, já que terá direito a certa porcentagem da empresa de forma progressiva e gradual, como mostraremos a seguir.

Hoje em dia, muitas empresas e startups adotam a cultura de beneficiar os colaboradores com ações do próprio negócio. 

Porém, para não correr o risco de oferecer a participação e depois lidar com falta de motivação e possíveis saídas, as empresas optam pelo contrato de vesting.

Leia mais: NPS: o que é, seus objetivos, benefícios, como funciona na prática e como interpretar os resultados

Funcionamento do vesting e a cláusula cliff

O funcionamento do contrato de vesting é bastante simples: no acordo, a empresa oferece como parte da remuneração do funcionário o direito de determinada porcentagem da empresa, mas que será adquirida somente quando o colaborador passar pelo chamado período de vesting.

Para facilitar a compreensão, vamos imaginar o seguinte cenário: conforme estabelecido em contrato, um colaborador terá direito a 4% da empresa após um período de vesting de dois anos.

Pelo contrato, ao completar um ano na empresa, ele terá 2%, e após mais um ano, mais 2%, até alcançar a porcentagem combinada.

O ideal é que exista o apoio de uma equipe jurídica para fazer um contrato de vesting, que mesmo se tratando de um contrato particular simples, exige atenção com as cláusulas necessárias.

Caso a empresa não conte com uma equipe jurídica, o recomendado é buscar auxílio de profissionais externos.

O que é cláusula cliff?

A chamada cláusula cliff em um contrato de vesting é a parte que estabelece um tempo mínimo de colaboração para que o funcionário receba sua participação societária.

Geralmente, funciona como um período de teste e costuma durar um ano, até que o colaborador comece a receber de forma progressiva as ações.

Ou seja, a cláusula cliff serve como uma espécie de período probatório, antes de ser iniciado o período de vesting de fato.

Caso o colaborador deixe a empresa durante o período estabelecido na cláusula cliff, irá abrir mão de receber sua participação societária conforme acordado no contrato.

Dessa maneira, a cláusula se torna benéfica tanto para a empresa, que terá maior chance de poder contar com funcionários comprometidos, mas também para os colaboradores, que terão um incentivo extra para permanecer no cargo.

Diferenciação entre vesting e stock options

Entre os diversos tipos de contratos de participação societária existentes atualmente, o stock options e o vesting vem se destacando em meio à startups e negócios em desenvolvimento.

Porém, apesar de possuírem algumas características parecidas, são modalidades totalmente diferentes – entenda melhor as diferenças:

O que é stock options?

Também conhecidas como opção de compra de ações, o stock options é uma modalidade de contrato que costuma ser utilizada como benefício para colaboradores.

A principal característica do contrato é oferecer o direito de comprar ações da empresa a um preço pré-estabelecido, conhecido como strike price ou preço de exercício, bem abaixo do valor de mercado.

Diferenças

Dessa maneira, a principal diferença entre os contratos de vesting e stock options é sobre a aquisição das ações. No vesting, o colaborador começa a receber as ações após o período estabelecido, de forma progressiva e obrigatória.

Já no contrato de stock options, o funcionário – que também precisa cumprir um período de vesting para ter direito de compra – apenas recebe a oportunidade de se obter participação societária por preços mais atraentes, podendo ou não adquirir as ações.

Assim, enquanto no vesting as ações são adquiridas ao longo do tempo de forma gradual, no stock options a opção de compra de ações ocorre em um momento específico.

Leia mais: Inteligência artificial e gestão financeira das startups: o caminho para o sucesso sustentável

Vantagens e desvantagens do vesting

Assim como outras modalidades, o contrato de vesting oferece vantagens e desvantagens específicas. Confira, a seguir, as principais:

Vantagens

Aumenta a retenção e atração de talentos

Oferecer uma porcentagem de ações da empresa no contrato de vesting é um fator que pode ser decisivo para reter talentos, tornando mais provável que colaboradores de destaque se mantenham interessados em permanecer no cargo.

Além disso, o vesting também pode ser um atrativo para talentos disponíveis no mercado de trabalho, tornando sua empresa competitiva em meio à outras oportunidades oferecidas por empresas consolidadas ou startups em estágio de crescimento, que também buscam por profissionais qualificados.

Mantém colaboradores motivados

Os colaboradores que mantêm um contrato de vesting com a empresa têm mais chance de permanecerem motivados em suas funções, trazendo mais resultados positivos e contribuindo com o crescimento do negócio.

Isso porque, para obter o direito da participação societária na empresa, os funcionários devem cumprir o período de vesting e, em certos casos, alcançar metas estabelecidas em contrato para adquirirem as ações.

Alinhamento de interesses

Os contratos de vesting também ajudam a empresa a conseguir alinhar seus interesses a longo prazo com os funcionários, já que, à medida que adquirem ações ao longo do contrato, os colaboradores se tornam acionários, criando um interesse direto no crescimento e sucesso da empresa.

Diminuição do turnover

Por manter os colaboradores empenhados em cumprir o período de vesting para obter direito de receber as ações, a empresa diminui o índice de turnover, ou seja, reduz os desligamentos do quadro de funcionários.

Dessa maneira, economizam tempo e recursos com os processos de desligamento, indenizações e também com as etapas de contratação de novos funcionários, como seleção, entrevistas e treinamentos.

Desvantagens

Risco de rotatividade antecipada

Mesmo oferecendo condições atrativas, os contratos de vesting não podem ser considerados infalíveis, já que possibilitam que a rotatividade de colaboradores seja antecipada.

Muitas empresas de grande porte, como multinacionais, podem oferecer contratos e ofertas de trabalho muito mais atraentes do que um contrato de vesting em startups, que muitas vezes ainda possuem o futuro incerto em relação ao crescimento.

Complexidade de avaliação

Como é feito com base em longos períodos de tempo, que geralmente duram entre dois a cinco anos, os contratos de vesting podem apresentar grande complexidade de avaliação da porcentagem a ser oferecida.

Isso porque a taxa de crescimento do negócio é algo difícil de ser previsto, o que pode fazer com que o contrato de vesting provoque um impacto negativo nas finanças da empresa.

Diluição do quadro societário

Outra desvantagem do vesting é que esse modelo de contrato pode provocar a diluição do quadro societário da empresa, principalmente em situações onde o colaborador se desliga da companhia após adquirir as ações e se torna um acionista que já não faz mais parte do negócio.

Por este motivo, muitos contratos de vesting preveem uma cláusula de recompra, que na hipótese de saída do colaborador, garante que a empresa tenha o direito de readquirir a participação societária adquirida pelo funcionário.

Conclusão

O vesting oferece uma alternativa interessante para empresas em estágio inicial que buscam atrair talentos ou propor condições que motivem ainda mais seus colaboradores.

Porém, é preciso avaliar corretamente as perspectivas e objetivos da empresa, assim como levar em consideração os processos financeiros internos para elaborar um contrato de vesting de forma assertiva.

Afinal, é um tipo de contrato que pode impactar significativamente as finanças e o balanço da empresa, exigindo bastante cautela e atenção para que seja realmente vantajoso.

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