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Um fenômeno chamado CFO as a Service


A oferta de serviços de CFO as a Service é algo ainda bastante novo no Brasil. É possível dizer que o seu surgimento e crescimento nos últimos anos, tem sido impulsionado pela chamada “economia colaborativa” ou “economia do compartilhamento”, que vêm do inglês Sharing Economy. Essa é uma tendência que já faz parte de nossas vidas há algum tempo e inspirou a criação de unicórnios como Airbnb, Uber e WeWork. A lógica por trás desse fenômeno é simples: ao invés de adquirir bens e serviços individualmente, pessoas e empresas passam a fazê-lo de forma compartilhada.


Seguindo essa tendência, ao invés de contratar um executivo de finanças, muitas empresas têm optado por serviços externos de CFO as a Service, que entregam gestão financeira estratégica, pela fração do valor de um profissional full-time. Na hora de escolher o melhor fornecedor, entretanto, é comum que as empresas ainda se sintam um pouco perdidas. Por um lado, porque existe uma infinidade de fornecedores que se apresentam como aptos a entregarem esse tipo de serviço — desde profissionais autônomos até grandes empresas, que trabalham com o outsourcing de departamentos inteiros. Por outro, porque ainda não há um conceito ou escopo padronizado para esse tipo de serviço no mercado.


Abaixo, trazemos algumas informações que podem ajudar os empreendedores que estão buscando melhorar sua gestão financeira e/ou avaliando a contratação de um CFO as a Service. Primeiro, conceituamos a oferta de CFO as a Service. Depois, detalhamos o que tipicamente está (ou deveria estar) incluído em seu escopo. E, por fim, listamos algumas dicas de como diferenciar e selecionar um bom fornecedor de CFO as a Service, dentre as opções disponíveis atualmente no mercado.


O conceito de CFO as a Service

É comum que as empresas busquem no CFO as a Service uma opção para simples terceirização de seus departamentos financeiros, assim como já fazem com suas contabilidades, por exemplo. Os motivos para isso são diversos, mas na maioria das vezes a decisão está baseada na ideia de que o financeiro não é uma área tão estratégica (core) para o negócio.


É exatamente neste momento que acontece uma confusão muito comum entre o CFO as a Service e outro tipo de serviço existente no mercado: o BPO Financeiro. A sigla BPO vem do inglês Business Process Outsourcing ou, em português, “Terceirização de Processos de Negócios”. Ou seja, uma empresa que é contratada para realizar, de forma integral, as atividades do financeiro (ex. contas a pagar, contas a receber, etc) para outras empresas.


O foco do CFO as a Service é diferente. Ele aproxima a pauta financeira das discussões estratégicas da empresa. Ao mesmo tempo que organiza a casa e estrutura os processos da área, ele busca complementar o time financeiro que já está presente na empresa e é responsável pelo operacional do dia a dia. A ideia não é substituir e criar dependência, mas sim estabelecer parceria e potencializar todos os envolvidos, inclusive os próprios empreendedores — através de dados, métricas e indicadores, que ajudem na tomada de decisão e no direcionamento estratégico do negócio.


O CFO as a Service tem como contexto ideal de atuação aqueles negócios que buscam crescimento mais acelerado, sejam eles investidos ou não por Venture Capital. Nessas empresas, em especial, acompanhar e estruturar o financeiro se torna tão importante quanto a organização das demais áreas (ex. vendas, growth, produto, etc), para não travar o próprio crescimento do negócio. Fica fácil entendermos isso, se pensarmos que um investidor, por exemplo, dificilmente irá aportar dinheiro em uma empresa, se não tiver acesso aos números desse negócio de forma minimamente confiável. Da mesma forma, os empreendedores terão dificuldade em alocar os recursos, sem acesso à informação, em um contexto complexo e que se transforma continuamente.


É exatamente por isso que o CFO as a Service surge como um conceito intimamente ligado ao universo das startups e das scaleups. Nesse tipo de empresa, tudo tende a evoluir muito rápido e os desafios são cada vez maiores. Contar com a visão de um parceiro qualificado, que é capaz de acompanhar e desenvolver a gestão financeira e conectá-la com a estratégia do negócio, à medida que a empresa cresce, pode ser fundamental.


O escopo do CFO as a Service

Um bom parceiro de CFO as a Service irá atendê-lo e auxiliá-lo em todos os temas que um CFO interno e experiente poderia ajudá-lo.


Tudo começa por uma boa gestão da área financeira. Processos precisam ser criados e aperfeiçoados. Sistemas e tecnologias devem ser implantados ou parametrizados, para simplificar as rotinas do dia a dia. A relação com parceiros externos, como a contabilidade, necessita de ajustes e de novos combinados, para que as demonstrações financeiras se tornem confiáveis e auditáveis. É como “organizar a casa”, criar as bases da gestão financeira.


A partir da estruturação dos processos básicos, controles são elaborados e passam a ser acompanhados e atualizados periodicamente. O fluxo de caixa projetado permite entender a disponibilidade de recursos, sua alocação na prática e a necessidade de buscar novas fontes de recursos ao longo do tempo. O orçamento, por sua vez, torna o processo de planejamento mais estruturado e cria uma referência para comparar a diferença entre o esperado e o realizado, ao longo do ano.


Com controles funcionando e dados disponíveis, se torna possível avançar em direção a uma gestão financeira mais estratégica. A busca passa a ser pelas métricas e indicadores (de processo e de valor), que devem ser acompanhados para entender se o negócio, de fato, está indo na direção certa. Estes permitem que o empreendedor possa também tomar decisões mais embasadas e refletir sobre rotas alternativas, quando algo não está saindo conforme o esperado.


Na prática, poucas empresas conseguem atingir esse nível de estruturação do financeiro. No contexto de uma startup ou scaleup, porém, o CFO as a Service precisa ir além. É necessário pensar no negócio como um todo e no crescimento almejado pelos empreendedores. Isso passa não só pela evolução constante dos processos e controles, à medida que a empresa se transforma, mas também pela busca ativa e constante de recursos, para que o ciclo de crescimento não seja interrompido ou prejudicado.


Um bom CFO as a Service consegue ir além dos processos, controles e indicadores. Ele se posiciona como um bom parceiro e mentor para o CEO, o ajudando a refletir sobre a estratégia do negócio e a buscar os recursos necessários para executar sua visão. Em uma empresa de rápido crescimento, a busca por recursos não é uma consequência da evolução da empresa, mas uma premissa. E um parceiro protagonista assume a liderança desse processo, lado a lado com os empreendedores.


Dicas para escolher um bom CFO as a Service

Abaixo, estão resumidas algumas dicas rápidas, para que você consiga escolher um bom fornecedor de CFO as a Service, especialmente no contexto das startups e scaleups.


  1. É um time, não um indivíduo: é muito comum ver a abordagem de profissionais de finanças que, após muitos anos de experiência profissional, decidem dividir seu tempo entre duas ou mais empresas. Essa é uma abordagem válida, mas que pode trazer limitações na atuação desse fornecedor. Em um CFO as a Service mais estruturado, sua empresa será atendida por um time (squad), que reunirá diferentes perfis de profissionais, com competências e experiências complementares. É comum que esse time possua pessoas mais focadas na operação financeira, para orientar e desenvolver o seu time do dia a dia, além de pessoas com perfil de planejamento financeiro (FP&A), mais voltadas para orçamentação e acompanhamento dos indicadores. Mais importante que isso, haverá um profissional sênior, que já foi CFO em outras empresas, e será a sua referência nas discussões mais estratégicas. Caso essas discussões evoluam para uma rodada de investimento ou possível venda da empresa, pode ser importante ter também perfis de Venture Capital e M&A nesse squad. Portanto, é fundamental que você entenda o perfil do time que irá atendê-lo, quais foram suas experiências, antes de decidir pelo seu CFO as a Service.
  2. O problema do canivete suíço: alguns fornecedores apresentarão como diferencial uma “oferta completa”. Ou seja, além do CFO as a Service, apresentarão como soluções complementares o BPO Financeiro e, em alguns casos, até mesmo a Contabilidade. Isso pode ser interessante? Sem dúvida! Ter todos os serviços concentrados em um único parceiro acaba facilitando a gestão de vários fornecedores, em um único contrato. O problema aqui, entretanto, é o mesmo que você enfrenta às vezes em sua startup ou scaleup: a falta de foco! Os fornecedores com uma “oferta completa” tendem a ser mais transacionais e operacionais. Com isso, aprofundam menos em cada cliente e tendem a ter uma abordagem menos customizada. A dica aqui é entender como os clientes atuais enxergam aquele fornecedor como parceiro. Qual impacto real geram no negócio? São, de fato, parceiros para o crescimento? Um bom CFO as a Service idealmente estará focado nessa oferta e gerará impacto real para seus clientes.
  3. O perfil da carteira de clientes: para crescer mais rápido e gerar maior retorno sobre a equipe contratada, a maioria dos players de CFO as a Service acaba atendendo diferentes perfis de clientes. Apesar da comunicação corporativa e do discurso comercial mais ligados às startups, atendem também a pequenas e médias empresas (PMEs), que atuam em segmentos mais tradicionais da economia. Isso não deveria ser um problema, exceto pelo fato de que essas empresas mais tradicionais tendem a ter ritmos de crescimento, realidades e desafios bastante diferentes daqueles vividos pelas startups e scaleups. Dessa forma, tanto o fornecedor, quanto o time que irá atendê-lo, podem ser pouco (ou nada) experientes e ambientados aos seus desafios. Portanto, busque entender o quão focado o seu CFO as a Service está em empresas de tecnologia, startups e scaleups. Quanto mais focado, maior a chance dele entender a sua realidade e ajudá-lo de maneira mais efetiva.
  4. Prepara-se para uma maratona, não um sprint: o desenvolvimento de uma área financeira é algo que leva tempo e exige comprometimento tanto da empresa, quanto dos eventuais parceiros que a estejam auxiliando. Ainda, é um processo que evolui junto com com o crescimento da empresa e de sua complexidade, exigindo adaptações ao longo do caminho. Portanto, prepare-se para uma relação de longo prazo. Ao mesmo tempo que a ideia é não gerar dependência entre as partes, um bom CFO as a Service saberá reconhecer a complexidade da sua empresa e o tempo necessário para entregar o resultado esperado. A dica é buscar fornecedores que já tenham conseguido desenvolver essa relação de longo prazo com outras empresas e consiga orientá-lo nessa caminhada.


Sobre a Wink

A Wink é o CFO as a Service das startups e scaleups que mais crescem no Brasil. Desde a nossa fundação, em 2019, já atendemos mais de 30 startups e scaleups, entre os serviços de gestão financeira estratégica, fundraising e M&A. Para os clientes recorrentes, a taxa média de crescimento anual em 2020, mesmo com a pandemia, foi de 85% e o índice de satisfação com os serviços é alto (NPS = 93, Q1.2021). O faturamento anual combinado da nossa carteira de clientes, atualmente, já se aproxima dos R$ 300 milhões. Através de relações próximas, buscamos garantir aos empreendedores Confiança para Crescer

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