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Revenue Based Financing (RBF): o que é, como funciona e quem deve obter?

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O revenue based financing (RBF) é uma modalidade de financiamento alternativa aos modelos tradicionais, que basicamente envolve a captação de investimento em troca de porcentagem das receitas futuras da companhia.

Um modelo de financiamento que vem se tornando bastante procurado por startups e modelos de negócios em crescimento, o revenue based financing possui características específicas que o diferenciam de outros tipos de financiamento utilizados para os mesmos fins.

Descubra neste artigo tudo sobre o revenue based financing e como esse modelo de financiamento pode atender às necessidades específicas de startups e negócios que necessitem de aporte financeiro – boa leitura!

O que é RBF?

Conhecido em português como Financiamento Baseado em Receita, o revenue based financing permite que as empresas utilizem suas receitas comerciais futuras para obter financiamento de investidores.

Dessa maneira, se torna uma excelente alternativa ao financiamento em modalidades como investimento anjo, venture capital, financiamento de dívida, equity crowdfunding e outras vertentes.

A principal diferença do revenue based financing para o financiamento de dívida tradicional é que não há pagamento mensal fixo – tudo irá depender do crescimento e geração de receita da empresa que recebeu o financiamento por RBF.

Ao invés de receberem juros sobre o saldo devedor e pagamentos fixos, os investidores adquirem o retorno financeiro com base na receita gerada pelo negócio, garantindo maior sustentabilidade financeira para a empresa que recebeu o capital.

Como funciona o RBF?

Em um financiamento na modalidade revenue based financing, os financiadores recebem uma parte da receita da empresa até que um montante predeterminado seja pago.

Os pagamentos feitos à instituição financiadorapossuem uma relação direta e proporcional com o desempenho mensal da empresa, o MRR (Monthly Recurring Revenue), fazendo com que os pagamentos variem de acordo com o nível da receita gerada pelo negócio.

Por exemplo: se as vendas caírem em um mês, o credor terá seu pagamento reduzido, mas caso os resultados melhorem, os recebimentos também aumentarão.

O revenue based financing também se difere do financiamento de capital, já que o credor, mesmo com o aporte financeiro, não possui propriedade direta do negócio.

Outra diferença entre o revenue based financing e outras modalidades é que o capital pode ser disponibilizado em poucos dias, ao contrário de outras rotas de captação como o venture capital e venture debt, onde a liberação pode levar até meses.

Na prática, funciona assim: a empresa interessada e à instituição financeira negociam os termos do contrato de revenue based financing, definindo a porcentagem da receita que será paga mensalmente ou trimestralmente, em alguns casos.

Os credores de revenue based financing analisam aspectos como trajetória, receita e gestão financeira da empresa, para decidir se a porcentagem atende às suas expectativas.

Como o valor de pagamento pode variar, os financiamentos baseados em receita, em geral, não possuem uma data ou prazo definidos.

Finalizando o acordo, a empresa recebe o capital e inicia os pagamentos periódicos da porcentagem pré-definida junto aos credores.

Leia mais: ARPU: otimizando o Average Revenue Per User para Startups

Diferenças entre RBF e Investimento Anjo

Uma dúvida muito comum sobre o revenue based financing gira em torno das diferenças desse modelo em relação ao investimento anjo, outra modalidade bastante utilizada por startups que precisam de aporte financeiro inicial.

Para começar, vamos entender melhor sobre o investidor anjo: é um indivíduo com recursos financeiros que investe em startups e negócios em estágio inicial, na maioria das vezes em troca de participação acionária no negócio.

Além de fornecer capital financeiro, o investidor anjo atua como mentor e apoiador da startup, fornecendo orientação estratégica, conhecimento do mercado, rede de contatos e outros aspectos valiosos para o desenvolvimento da empresa.

O retorno do investidor anjo, como dito anteriormente, se baseia em participação acionária, seja por meio da venda de suas ações no futuro ou por meio de dividendos, caso a empresa distribua lucros.

Por isso, uma das principais diferenças entre o investimento anjo e o revenue based financing é a forma de recebimento do retorno financeiro, já que, no RBF, o investidor recebe um valor proporcional à receita da empresa periodicamente.

Outra diferença importante é a participação ativa na empresa: o investidor anjo atua como um mentor, tendo participação fundamental nas decisões da startup, sendo, inclusive, sócio da empresa. Já o revenue based financing não dá ao credor participação na empresa, tampouco direitos sobre a gestão do negócio, de modo em que a instituição financeira responsável pelo RBF  participa apenas da divisão das receitas durante o período de vigência do acordo.

Como funciona a divisão da receita no RBF

Após definida a porcentagem de receita que será paga aos investidores, o contrato inclui também um múltiplo que representa o valor total esperado para retorno.

Por exemplo, se for acordado um múltiplo de 2x e o investimento for de R$ 200 mil, os credores receberão R$ 400 mil até que o contrato seja encerrado.

Os pagamentos mensais ou trimestrais são realizados levando em conta a receita mensal da empresa, sendo normalmente fixada em taxas de 1% a 3% desse valor, podendo ser superior em alguns casos.

Existem contratos de revenue based financing que estabelecem limites máximos de pagamento, com o intuito de blindar a empresa contra repasses muito elevados, em caso de um crescimento acelerado em um curto período de tempo.

Como o RBF pode ser importante para as startups?

As startups se enquadram na categoria de empresas com crescimento rápido, mas que ainda não alcançaram a rentabilidade desejada.

Por isso, o revenue based financing pode ser uma opção para as startups, já que muitas vezes enfrentam dificuldades em obter financiamentos convencionais, como empréstimos bancários para financiar o crescimento acelerado da sua operação ou mesmo para trazer mais conforto em seu Fluxo de Caixa e Capital de Giro.

Leia mais: O papel vital do Capital de Giro nas Startups: entendendo, calculando e gerenciando.

Assim, o revenue based financing permite que as startups conquistem o capital desejado para seu desenvolvimento, sem ter que ceder uma participação ativa na empresa ou assumir dívidas mais impactantes para as finanças do negócio.

Prós e contras do RBF

Além do perfil do negócio, existem outros fatores que influenciam na escolha do revenue based financing como uma boa ou má opção para os negócios. Entenda melhor:

Prós

Maior flexibilidade para a empresa

Ao optar pelo financiamento baseado em receita, a empresa elimina a necessidade de trocar a propriedade por capital, mantendo a empresa totalmente independente em suas decisões.

Além disso, como os pagamentos do revenue based financing são vinculados à receita, em períodos de dificuldade financeira a empresa não irá sentir impactos tão significativos em relação aos pagamentos, que também serão reduzidos.

Praticidade

O processo de captação dos recursos de revenue based financing é consideravelmente mais veloz e prático do que as formas tradicionais de financiamento, incluindo basicamente as análises sobre a geração de receita da empresa, o alinhamento de termos e assinatura de contrato.

O RBF é mais acessível

Sem a necessidade de oferecer ativos tangíveis como garantia, possuir score alto de crédito no mercado ou outros aspectos que startups e empresas em fase inicial dificilmente reúnem, o revenue based financing se torna uma opção mais acessível para quem não se qualifica nos moldes tradicionais de financiamento.

Contras

Podem ser mais caros que os empréstimos tradicionais

É preciso ficar atento com as cláusulas oferecidas no revenue based financing, pois o modelo pode se tornar mais caro do que os financiamentos tradicionais a longo prazo.

Por causa de fatores como maior risco e menos garantias adicionais, os investidores podem cobrar taxas mais altas para garantir um retorno satisfatório com o capital aplicado.

Requer boa perspectiva de renda

Pode parecer óbvio, mas o revenue based financing exige que a empresa mantenha a geração de renda em dia, algo que pode ser considerado arriscado em situações de instabilidade nos negócios ou despesas mensais muito elevadas.

Empréstimos menores

Por se tratar de empréstimos concedidos a empresas e startups que ainda não se consolidaram financeiramente, o revenue based financing oferece capital reduzido em comparação aos empréstimos e financiamentos tradicionais.

Para negócios que precisem de um aporte financeiro elevado, o revenue based financing pode não ser a melhor opção.

Conclusão

De forma resumida, o revenue based financing oferece condições específicas que podem ou não ser atraentes para startups e empresas em estágio de desenvolvimento.

O primordial é entender a fundo as expectativas de geração de receita, necessidade de capital e outros aspectos para decidir sobre buscar ou não um financiamento no modelo RBF.Para garantir planejamento estratégico e gestão avançada das finanças da sua empresa, o CFO as a Service da Wink é a melhor escolha. Fale conosco e veja como a Wink, o CFO as a Service especialista em startups, pode te ajudar.

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