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Métricas para startups: Receita por Headcount | Blog Wink

Em mais um post, da nossa série, Métricas para startups, vamos discutir a Receita por Headcount. Essa é uma métrica que ajuda a mensurar a eficiência operacional de uma empresa, compreendendo quanta receita ela consegue gerar a partir de um time mais ou menos enxuto.

De forma simples, a receita por headcount é o resultado da divisão da receita pelo número de funcionários (headcount). Simples assim.

Calculando a receita por headcount

Exemplo de cálculo – receita por headcount

No exemplo (simplificado) em questão, apresentado na tabela acima, a empresa tem uma receita recorrente mensal (MRR) de $200K e, portanto, uma receita recorrente anual (ARR) de $2,4M.

Considerando que essa mesma empresa tenha 12 pessoas, temos que a receita mensal por headcount é de $16,7K e a receita anual por headcount é de $200K.

 

Bom, e esses indicadores da empresa do exemplo, são bons?

Para termos essa resposta, vamos comparar a empresa do exemplo com outras. Sammy Abdullah (Blossom Ventures) realizou um levantamento da receita por headcount de 28 scaleups, com modelo de negócios SaaS, que realizaram seu IPO entre 2017 e 2020.

Exemplo de cálculo – receita por headcount

Conforme aponta o seu levantamento, no momento do IPO as scaleups tinham:

  • Em termos de headcount, uma mediana de 900 funcionários, com uma média um pouco superior (1.181 pessoas no time). Cabe destacar que havia empresas bem abaixo (Datadog, com 474 pessoas) e acima (Docusign, com 2.255 funcionários) da média.
  • Em termos de receita, também havia uma grande variação. Com uma mediana de $161,5M e uma média de $256,2M de receita anual, o faturamento das empresas analisadas no momento do IPO era muito diferente. A empresa com menor receita da lista foi a Livongo, com $68,4M anuais, enquanto a Dropbox registrava um faturamento de $1,1B.
  • Em termos de receita por headcount (anual), o levantamento realizado por Sammy aponta mediana de $199,2K e uma média de $214,3K.

Ou seja, de acordo com o levantamento realizado por Abdullah, em termos de receita por headcount (anual), a empresa do exemplo está em linha com o benchmark de scaleups bem sucedidas, que já abriram capital em bolsa.

Entretanto, apesar da receita por headcount em linha com os benchmarks, a empresa do exemplo é MUITO menor do que aquelas que já abriram capital (pelo menos 30x menor do que Livongo, que tinha a menor receita no momento do seu IPO).

 

Dessa forma, faz sentido já ter essa relação de receita por headcount dos benchmarks como alvo ainda nesse momento inicial?

De forma simples e direta, a resposta é não. Todas as empresas da lista já possuem ofertas de valor construídas e bem difundidas no mercado.

No caso da empresa apresentada no exemplo, estamos falando de uma startup em construção. Pelo tamanho de sua receita ($2,4M anuais) e do seu time (12 pessoas), é seguro apostar que trata-se de uma empresa ainda no início da sua curva de desenvolvimento, possivelmente ainda buscando product-market fit e com potencial (a ser comprovado) para crescimento rápido.

Dessa forma, o perfil das empresas listadas por Abdullah não necessariamente se enquadra na realidade da empresa do exemplo. Para ela, provavelmente, faz mais sentido acelerar o ritmo de contratações, o que no curto prazo vai “apertar” a receita por headcount, para que a empresa comece a construir a “receita futura”, acelerando o desenvolvimento e a comercialização de suas soluções.

Com isso, no futuro, quando a empresa estiver no patamar dos benchmarks apontados por Sammy, já tendo suas ofertas de valor bem estabelecidas e validadas no mercado, ela poderá se dedicar a reestabelecer o “patamar de benchmark” na relação receita por headcount.

Por fim, e como já foi dito em outros artigos, a compreensão do contexto é fundamental para que possamos aplicar as regras e conhecimentos da melhor forma.

As regras e referências de mercado servem como um guia para os fundadores e executivos, mas não devem ser tratadas como verdades absolutas, visto que cada empresa possui um contexto único.

Agora que você conhece esta métrica, e a sua importância, passar a acompanhá-la e a gerar insights a partir dela é um caminho importante para o crescimento eficiente e sustentável da sua startup. E, a Wink pode te ajudar neste processo!

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