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Indicadores financeiros para startups: como medir o crescimento

Foto de pessoas fazendo gestão financeira de startup

Monitorar indicadores financeiros é essencial para acompanhar o crescimento da sua empresa. Sem eles, as decisões acabam sendo tomadas no escuro, aumentando o risco de erros estratégicos e surpresas no caixa.


Em startups brasileiras, esse desafio é ainda maior. Muitas vezes a operação cresce rápido, mas os números não acompanham. Já vimos empresas triplicando receita, enquanto a margem encolhia a cada mês. Nesse cenário, os indicadores certos funcionam como bússola, orientando founders e gestores financeiros sobre o que precisa ser ajustado para que o crescimento seja sustentável.


Na Wink, trabalhamos lado a lado com startups para garantir que cada número seja traduzido em decisão. A seguir, destacamos os principais indicadores financeiros que toda empresa em crescimento deveria acompanhar.


Por que os indicadores financeiros são tão importantes

Indicadores financeiros não são apenas números em relatórios. Eles funcionam como sinais vitais de uma empresa. Ignorar esses sinais pode ser comparado a dirigir sem painel de controle: o carro até anda, mas o risco de pane é enorme.


Para startups, que vivem em ambientes de alta incerteza, acompanhar indicadores é ainda mais crítico. O caixa é limitado, as margens são pressionadas, e os ciclos de captação ou vendas nem sempre seguem a previsão inicial. É justamente nesses momentos que os indicadores ajudam a tomar decisões mais rápidas e fundamentadas.


Burn rate: quanto do caixa está sendo consumido

O burn rate mostra quanto de caixa a empresa consome mês a mês. É um dos indicadores mais importantes porque traduz de forma simples a saúde financeira imediata.


Imagine uma startup que gasta R$ 200 mil por mês e tem R$ 1 milhão em caixa. Isso significa que, se nada mudar, em cinco meses o dinheiro acaba. Esse horizonte é conhecido como runway, ou pista de decolagem.


No Brasil, muitas startups dependem de rodadas de investimento para sustentar o crescimento. Nesse contexto, o burn rate ajuda a responder perguntas cruciais:


  • O caixa atual é suficiente até a próxima captação?
  • É possível reduzir custos e despesas para aumentar o runway?
  • A empresa pode acelerar investimentos em marketing ou produto sem comprometer sua sobrevivência?


Ter clareza sobre o burn rate permite ajustar a estratégia em tempo real, seja cortando gastos desnecessários, seja antecipando um movimento de captação.


NDR: quanto da receita está sendo retida e expandida

O Net Dollar Retention (NDR) é um dos indicadores mais poderosos para medir crescimento em empresas de receita recorrente. Ele mostra quanto da receita existente é mantida ou expandida ao longo do tempo, considerando upgrades, downgrades e churn.


Por exemplo: se uma startup de SaaS começa o ano com R$ 100 mil em receita recorrente e, após variações, termina com R$ 120 mil, o NDR é de 120%. Isso significa que a empresa cresceu mesmo sem adquirir novos clientes.


Esse indicador revela a força da base atual. Muitas startups se concentram apenas em aquisição de novos clientes e esquecem do potencial da base. Mas, em mercados competitivos e com CAC (custo de aquisição) cada vez mais alto, manter e expandir clientes existentes é o que sustenta o crescimento no longo prazo.


Um NDR acima de 100% indica que a base está crescendo e se tornando mais valiosa. Já abaixo de 100%, é sinal de alerta de que o churn está corroendo a operação.


A margem bruta: o veneno lento ou a vantagem competitiva

A margem bruta mostra quanto sobra da receita depois de deduzir os custos diretos do produto ou serviço. É um dos melhores termômetros de eficiência.


Em modelos SaaS, por exemplo, cada novo cliente traz custos de servidor, suporte e licenciamento de ferramentas. Se a margem bruta é baixa, a empresa pode até crescer em receita, mas estará escondendo prejuízos.


Já acompanhamos casos de empresas que celebravam recordes de vendas, mas que, ao olhar a margem bruta, percebiam que estavam escalando prejuízo. Crescimento sem margem é apenas ilusão de sucesso.


Empresas que conseguem manter margens altas têm uma vantagem competitiva enorme: podem reinvestir em marketing, produto e expansão, sem comprometer o caixa no curto prazo.


Inadimplência e ciclo de recebimento

No Brasil, vender para grandes empresas pode ser uma faca de dois gumes. De um lado, garante contratos relevantes e maior previsibilidade de receita. De outro, os prazos de pagamento podem chegar a 60, 90 e até 180 dias.


Para startups que não têm capital de giro robusto, esse cenário pode ser fatal. O cliente paga, mas o dinheiro demora a entrar. Enquanto isso, salários, fornecedores e impostos precisam ser pagos no curto prazo.


Por isso, acompanhar o ciclo de recebimento e a inadimplência é fundamental. Não adianta ter receita alta no papel se o dinheiro não entra no caixa.


Runway: a pista de decolagem da sua startup

O runway é a consequência direta do burn rate. Ele mostra por quanto tempo a empresa consegue operar com o caixa disponível, considerando os gastos atuais.


Esse indicador é especialmente relevante em startups que buscam investimento. Investidores querem clareza sobre quanto tempo a empresa pode sobreviver com os recursos disponíveis. Um runway de 3 meses, por exemplo, indica urgência em captar ou cortar custos. Já um runway de 12 a 18 meses dá tranquilidade para focar em crescimento e estratégia.


No contexto brasileiro, em que rodadas de investimento podem demorar a fechar, calcular e projetar o runway é um exercício indispensável para founders.


Como os indicadores financeiros se conectam entre si

Um erro comum é analisar indicadores de forma isolada. Na prática, eles estão conectados e devem ser interpretados em conjunto.


Por exemplo: uma empresa pode ter burn rate alto, mas margem bruta crescente. Isso pode significar que, apesar do consumo de caixa elevado, o modelo está ficando mais eficiente e pode se sustentar no médio prazo.


Da mesma forma, um NDR acima de 100% pode compensar um ciclo de recebimento longo, pois mostra que a base de clientes é sólida e tende a crescer. Já a combinação de margem bruta baixa, inadimplência alta e runway curto é um sinal claro de alerta vermelho.


O papel da Wink como CFO as a Service

Na Wink, acreditamos que os indicadores financeiros só fazem sentido quando transformados em decisões estratégicas. Não basta ter relatórios organizados – é preciso interpretar os números e agir a partir deles.


Nosso trabalho como CFO as a Service é acompanhar de perto o seu financeiro e seus indicadores, sempre adaptando as análises à realidade da startup. Já vimos de perto como ajustes rápidos podem evitar crises ou potencializar oportunidades.


Conclusão: crescer com clareza e sustentabilidade

Crescimento é o objetivo de qualquer startup. Mas só é saudável quando é sustentável. Indicadores financeiros como burn rate, NDR, margem bruta, inadimplência e runway funcionam como faróis para orientar founders e investidores.


Ignorá-los pode levar a decisões tomadas no feeling, que em pouco tempo se transformam em problemas de caixa e riscos estratégicos.


Se a sua empresa ainda não acompanha esses números com frequência, é hora de mudar. Com o apoio da Wink, sua startup pode transformar dados em clareza, clareza em decisões e decisões em crescimento sustentável.

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