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Como evitar armadilhas ao criar projeções financeiras

As projeções financeiras são uma ferramenta essencial para qualquer startup que deseja crescer de forma sustentável. Mas, apesar de sua importância, é comum que empreendedores caiam em armadilhas que comprometem a utilidade desses modelos e, por consequência, a saúde financeira do negócio.


A melhor forma de evitar essas armadilhas é entender que uma projeção não serve para prever o futuro com exatidão – e sim para orientar decisões com base em dados reais, hipóteses sólidas e cenários possíveis.


O que são projeções financeiras e por que elas são críticas para startups

Projeções financeiras são estimativas futuras de receitas, custos, despesas, investimentos e fluxo de caixa de uma empresa. Para startups, elas cumprem papéis fundamentais: permitem entender o capital necessário para operar, avaliar a viabilidade de estratégias de crescimento e apoiar processos de captação de investimento.


Diferente de empresas estabelecidas, startups operam com mais incertezas e menos histórico. Isso torna o cuidado com a construção das projeções ainda mais importante.


Na Wink, que atua como CFO as a Service para startups de diferentes setores, já vimos como erros básicos nessas projeções podem levar a decisões equivocadas, perda de credibilidade com investidores e até dificuldades operacionais graves.


Armadilhas comuns em projeções financeiras e como evitá-las

1. Projeções excessivamente otimistas

Um dos erros mais comuns é assumir crescimento contínuo, exponencial e sem obstáculos. É fácil se empolgar ao projetar que a receita vai dobrar a cada trimestre – especialmente em pitch decks para investidores.


Mas projeções baseadas apenas em desejo, sem sustentação operacional, são perigosas. Já acompanhamos founders que estimaram grande crescimento sem prever o aumento proporcional de equipe, investimento em marketing ou estrutura para atendimento. O resultado? Quebra de expectativa, desorganização e necessidade de replanejar com urgência.


Como evitar: sempre associe o crescimento projetado a ações concretas que o sustentem. Se a meta é crescer 50% na receita, qual o plano comercial, orçamentário e de produto para isso?


2. Ignorar sazonalidades e variações de mercado

Startups que atuam com e-commerce, educação ou turismo, por exemplo, vivem fortes sazonalidades. Um pico em novembro ou queda em janeiro pode fazer parte do padrão – mas, se isso não estiver refletido nas projeções, a análise perde sentido.


Já vimos clientes estimarem estabilidade de receita em meses historicamente fracos, o que levou a um planejamento de caixa incorreto e atrasos em pagamentos estratégicos.


Como evitar: analise o comportamento histórico do mercado e do seu próprio negócio. Ainda que o histórico seja curto, dados de benchmarking e tendências do setor ajudam a ajustar as curvas de receita e custo.


3. Desconsiderar os prazos reais de recebimento e pagamento

Outro erro recorrente é assumir que a venda gera receita imediata. Na prática, o dinheiro demora a entrar. Clientes pagam em 30, 60 ou até 90 dias. Do outro lado, fornecedores podem exigir pagamento antecipado ou à vista.


Isso distorce a visão de caixa. A startup acredita que está saudável porque vendeu bem, mas entra no vermelho ao não prever o gap entre receita e entrada efetiva do dinheiro.


Como evitar: modele sua projeção financeira com base no fluxo de caixa real. Mapeie os prazos médios de pagamento de clientes e fornecedores e incorpore isso à planilha ou sistema de previsão.


4. Misturar custos fixos e variáveis sem critério

Nem todo custo cresce junto com a receita – e nem toda despesa se mantém fixa. Muitas startups erram ao projetar custos como se todos fossem proporcionais ao faturamento.


Um exemplo clássico: uma edtech que cresce em número de alunos sem prever o aumento proporcional de infraestrutura, como servidores e suporte, acaba perdendo margem. O mesmo vale para startups SaaS que ignoram o aumento de CAC conforme o mercado se torna mais competitivo.


Como evitar: categorize corretamente custos e despesas como fixos ou variáveis e acompanhe seu comportamento conforme o negócio evolui. Isso permite simular cenários mais realistas e tomar decisões com base na rentabilidade esperada.


5. Modelos baseados apenas no regime de competência

Embora o regime de competência seja útil para entender o desempenho contábil, ele não reflete necessariamente o comportamento do caixa. Muitos founders constroem projeções com base apenas na data da venda ou da despesa, sem considerar quando o dinheiro entra ou sai da conta.


Como evitar: utilize o regime de caixa como base para sua projeção financeira – especialmente se a preocupação for tomada de decisão no curto e médio prazo. O regime de competência pode ser útil em paralelo, mas não deve ser o único modelo de apoio à gestão.


6. Usar uma planilha estática e nunca revisar

O mercado muda. Os clientes mudam. A estratégia muda. Mas muitas startups constroem um modelo de projeção no começo do ano e simplesmente não o revisitam mais.


Já vimos clientes operarem por 9 meses com um planejamento desatualizado, totalmente desalinhado da realidade – comprometendo negociações com investidores e decisões internas.


Como evitar: revise suas projeções com regularidade. A prática mais comum entre os clientes da Wink é a revisão semestral, mas há contextos (como captação, expansão, queda de receita ou mudança regulatória) que exigem ajustes trimestrais ou até mensais.


7. Trabalhar com um único cenário

Projetar um único caminho para o futuro é uma das armadilhas mais perigosas. Se o cenário projetado não se concretiza, o time perde a referência, o orçamento estoura e o caixa sofre.


Como evitar: construa ao menos três cenários – conservador, realista e otimista. Isso permite prever o impacto de variações no faturamento, nos custos e no mercado. Ter cenários bem definidos é especialmente útil em rodadas de captação, onde investidores querem entender não só a meta, mas também a margem de segurança.


Como a Wink apoia startups na construção de projeções financeiras sólidas

Como empresa de CFO as a Service, a Wink atua lado a lado com founders e times financeiros para transformar dados em decisões. Nosso papel não é apenas montar uma planilha bonita – é construir uma lógica que faça sentido para o estágio da empresa, seus desafios e objetivos de crescimento.


Ajudamos nossos clientes a:

  • Modelar o crescimento de forma realista, alinhando marketing, vendas, produto e pessoas;
  • Simular diferentes cenários de receita e custo, com impacto direto no caixa e no runway;
  • Atualizar periodicamente o planejamento, com base em dados reais e metas ajustadas;
  • Preparar materiais financeiros robustos para rodadas de captação.


Mais do que evitar armadilhas, o que fazemos é transformar o processo de planejamento financeiro em uma vantagem competitiva.


Dicas práticas para founders que querem melhorar suas projeções financeiras

Se você está construindo suas primeiras projeções ou revisando o modelo atual da sua startup, aqui vão algumas recomendações práticas:

  • Comece com o fluxo de caixa – ele é a espinha dorsal do negócio.
  • Tenha clareza sobre os prazos médios de pagamento e recebimento.
  • Modele diferentes cenários. Não aposte tudo em uma única rota.
  • Revise o modelo com frequência. Uma projeção parada é uma projeção inútil.
  • Busque apoio de especialistas. Uma equipe como a Wink pode acelerar esse processo e garantir mais segurança na análise.


Conclusão: Projeções financeiras são sobre clareza e preparo

Projeções financeiras não são um exercício para agradar investidores – são uma ferramenta estratégica para o founder tomar decisões melhores, mais rápidas e mais bem informadas.


Com o apoio certo, como o que oferecemos na Wink, esse processo deixa de ser complexo ou estressante e passa a ser um aliado para o crescimento da sua startup.


Se quiser saber como podemos apoiar sua empresa na criação de um modelo de projeção financeira confiável, fale com a gente. Vamos conversar.

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